Paredes vermelhas. Lanço sobre essas, lixo, acúmulo de meses em separação. Triturar meus horrores sobre você. Meus horrores carne apodrecida. O demônio que me atormenta, tem cor, cheiro, nome e endereço. É ele que, noite após a noite devora um pouco mais minha sanidade. O coração que tinha era grande, uniforme e repleto, agora, cravado de ilusões pequenas, verte ar quando bate. Esvaziado em meus soluços. Encarnado em meu olho. Olho que sente o cheiro da covardia alheia. Do medo de ser alguém. Do inteiro. Esse mesmo olho que não fala, não das palavras flechas no alvo. Não na língua dos que se comunicam por silêncio calmo. Este aqui, é o balbuciador de lixo. Cospe indiscriminadamente a alma do coração furado.
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