
...E se eu dissesse que era menino, no dia em que atravessava correndo de medo a avenida escura, ainda assim, por teimosia, covardia ou incerteza, pularia aquele abismo e deixaria suas vestes pregadas ao arame farpado de meu sorriso. Por quê? Tamanha a ironia desse estado de coisas em que me encontro e te esbarro... Todo tempo do mundo parece agora nenhum. E mesmo que eu gritasse e te implorasse, não ouvirias e, saltarias... E aqui, o silêncio depois do grito, dói mais que berro alto de doido em colapso. Esse silêncio é o que fica de fora. Mas é em mim que o grito ecoa. É no teu salto. Bem na hora em que os pés soltam o chão e, é sempre a mesma em que o ar-sentimento fura o peito e sai na boca.
3 comentários:
Muito bom.
Douglas.
uau senhora D. uau...!
Fora o ahá deixado no orkut, estou lendo.
Muito interessante.
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