une, deux, trois...

Ela repara:
vida vazia o que tem...
gastrite.
Desejo a imaginação,

só.
Entra no ônibus
- Putz! 5 horas... e o trânsito?
Melhor metrô.
Não!
Pra esquecer-se
só paisagens...
Amplitude pra fora,
entra.
Aí, tinha ele.
Mas... Ele?
O mais estranho,
nem parece gente...
Tem olho pra dentro,
fundo...
Não parece saber sorrir
mas,

sabia.
Esse não é dos de vidro...


Conversa no telefone,
pra quem odeia seus silêncios;
refúgio.
Aquela figura grotesca,

pêlos, raiva e cinzenta
tem mãe...

O tom calmo.
Não esconde.

Quebra.

Repara melhor...

me parece algo...
lembra alguma coisa que houvera imaginado
já.
Reconheço a contradição,
o repúdio
mesmo

pela casca
pela máscara.
imagino.
agora.
estou.
vivendo.
minha real idade,

e depois esquecerei
pra depois reconhecer de novo
e de novo e, até...
e a mesma repetição
diminuindo a imaginação

melhor a falta?

Coincidências regadas a falta,
prato perfeito.
Delírio.
Imagens sem sentido.
Mundo real.
Pra dentro
feito de fora
não o contrário

a mentira de um
ai!
Dança mais fácil,
a dupla: uma sombra
ampliada.
Cor outra,
passo ao contrário.


Preguiça...
(3 horas da manhã
não quero dormir
porque não quero acordar).

Esse sonho acaba?