
Grita o Ideal: - Não existo! Sou sim, faísca do nada!
Tudo isso acaba, e era mais barato do que vida.
Doía, sim. Impossível ser diferente.
Mas não era isso o que querias dizer.
É esse nunca posso, nestas horas outras
o momento que não vem...
Vontade certa, tempo errado.
E que não seja assim...
Deixar passar!
O problema de ser poema
era a sua impossibilidade.
Mas porque ser tangível?
Que seja estético, sem um fim,
Somente o de ser belo.
E eu queria é mesmo ver
a beleza insultar sua tristeza.
É só isso e é muito.
Quem não se vê, às vezes acerta.
Não havia espelhos no seu quarto...
E você não saía dele.
Um comentário:
"... Dizeis que acreditais em Zaratustra? Mas que importa Zaratustra! Sois os meus crentes; mas que importam todos os crentes!
Ainda não vos havíeis procurado a vós mesmos: então, me achastes. Assim fazem todos os crentes; por isso, valem tão pouco todas as crenças.
Agora, eu vos mando perder-vos e achar-vos a vós mesmos; e somente depois que todos me tiverdes renegado, eu voltarei a vós.
Em verdade, com outros olhos, meus irmãos, procurarei, então, os que perdi; com outro amor, então, vos amarei. ..."
Nietzsche; Assim Falou Zaratustra
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