Hoje no Dolce Vídeo eu resgato uma verdadeira joia dos anos 80: o gibi da
She-Ra número 1, lançado pela Editora Abril em 1988! 🌟
Essa raridade trouxe a p...
19.7.09
Como se fosse
Aqui. Agora, não sei se ontem ou depois foi, que veio e ficou. Aquele olho pequeno na face grande, que olhava apaixonante radiando uma vontade obscura, meio desejo perdido meio coisa encontrada em um outro. Era você aquela que via. Naquela mulher, não era paixão, era a solidão que te acalentava. A melancolia de uma felicidade clandestina, desesperada, entregue à um instante fútil, barato como vocês dois. Trama inventada, riso tímido querendo camuflar tesão. Segredava confissões infantis porque era o menino de você que se entregava à menina da moça. A moça. A culpa. O escuso. O medo. O sexo. A solidão. Depois era o silêncio aquilo que restava. Era o desencontro aquilo que rondava. Era a porta, batida à força, o olhar vazio, as palavras não ditas, os lábios intocáveis, o corpo não revelado, o peito, a faca, a espera... Nela o que ficara era como cheiro de dúvida. Gosto de lembrar paixões. Passado e vontade. Se alegrias sonhava, era por se mirar instintivamente tola, pra qualquer sorriso. Era Dionísio que a acalentava e ele não é solidão, pelo menos não explicitamente, só no fundo do copo. E no fim da noite ela, riso ingênuo, segura a frustração de não ser outra, de não ser cor de rosa seu destino. De ser sempre o mesmo sentimento no fundo de tudo, na superfície de si mesma. E como se fosse outra, dança pra fora de si. Fecha os olhos, esconde a insatisfação, encara o momento, pôr o mundo com o sentido da embriaguez. Necessária? Talvez. E como se fosse alegria, brinda à música, veste-se de som, esquece-se do sofrimento, da culpa, que tem dor e de que a causa é a vida, e, como ousa, como gira, como pulsa... Na hora, O rapaz tragado pelo giro, vê aquela música, morreria amanhã se tivesse que ser, agora dança, só. Compartilhavam da mesma melodia, desespero e exaltação. Derramavam todo o tédio. Cansavam-se juntos do peso da máscara de ser alguém, sempre por outros. Jogavam fora seus entulhos, transbordavam-se pelos cantos. E como isso era contagiante, como era ventania, mexiam os corpos, carregavam as gentes, virando rodas, moinhos, sorrisos, gargalhadas, já não podiam se conter e, sem entender, no momento, música, aqueles ao redor, eram felizes. sem mas...
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